quarta-feira, 18 de março de 2015

E aí, você ouve música “do mundo”? (parte 1)

Eu ouço. E acho essa expressão “música do mundo” muito curiosa. Entendo que ela surge como um termo que se propõe a separar o universo sagrado do profano, denominando como sendo “do mundo” o material que é teoricamente profano. Muito utilizado também é o termo “música secular”... Mas que tal, antes de qualquer reflexão, entendermos as raízes destas expressões? 

O sagrado está associado a elementos “considerados dignos de respeito e devoção espiritual, ou que inspiram temor ou reverência entre os crentes em um determinado conjunto de ideias espirituais (...) A palavra ‘sagrado’ provém do latim sacrum, que se referia aos deuses ou a alguma coisa em seu poder” (fonte: Wikipédia). Em termos musicais, podemos considerar como sagrados os nossos hinos (música sacra), já que eles se encaixam dentro da definição apresentada. 

Em contraposição temos o termo “profano”, que por sua vez diz respeito ao “que é estranho à religião ou não está de acordo com os preceitos religiosos.Que desrespeita a santidade de coisas sagradas: ações profanas diante dos preceitos bíblicos” (fonte: http://www.dicio.com.br/profano/). Ora, se uma música não é sagrada, ela é automaticamente profana? Por que uma música não tem o objetivo de inspirar uma devoção espiritual, ela então não está de acordo com o que a bíblia nos ensina? 

Só para citar um exemplo: “I still haven’t found what I’m looking for”, um dos hits mais conhecidos da banda secular irlandesa U2. Não é uma música sagrada... Não é um hino... Mas como considerar profana uma música que claramente fala de Cristo, na vinda de seu Reino, na culpa carregada por Ele na cruz? Eu não consigo.

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